sábado, 2 de janeiro de 2010

A casa onde nasci



A casa simples onde nasci, pomposa para a época, era uma casa
grande do interior, com duas salas, uma maior e outra menor, quatro
quartos (dos quais dois eram de hóspedes), um do casal e das crianças e o outro, dos meus avós paternos; cozinha com fogão a lenha, ligada à despensa, um cômodo (casinha) do lado direito da entrada da casa, onde
meu pai trabalhava.

Meu pai era carpinteiro e marceneiro, porque além de muito inteligente, era criativo e habilidoso. Meu pai tinha um auxiliar de trabalho chamado Antonio Teresa. Segundo minha mãe, papai tocava um instrumento de sopro chamado “requinta”. Meu pai sabia solfejar. Isto eu pude perceber e ouvir muito bem quando um dia lhe apresentei a página de um livro com pautas musicais, que para mim era “grego”.

Lembro-me de que era um canto assim: “Quem foi, quem foi que pegou o louva-deus e comeu. Não fui eu, não fui eu, nem eu, nem eu...”

Saindo da casinha de trabalho onde meu pai executava os móveis e seus consertos, havia o paiol. Na parte de baixo do paiol ficava o chiqueiro e na parte de cima do paiol, o armazenamento de espigas de milho. Depois, mais longe, ficava o moinho de milho, para fazer fubá. Na época, o meu pai tinha uma discórdia com uma vizinha e parente, que impedia a chegada da água no moinho, que por falta de água, parava. Esta área era pantanosa.

Meu pai, às vezes plantava arroz e em outras vezes plantava milho. Do lado esquerdo da casa, havia um caminho para a mina d´água, onde até hoje uma árvore frondosa deixa o lugar fresco e agradável. O lugar onde se situa a casa chama-se “Sítio do Abreu”, devido ao nome do primeiro proprietário e fica num vale rodeado por morros.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. É uma pena eu não conseguir encontrar meus antepassados. Sou descendentes de Lopes de Faria em Minas Gerais na região de Araci em São João Nepomuceno mas, nao encontro os nomes de meus bisos.

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